Nazca
No roteiro de minha viagem pelo Peru e Bolívia, uma das cidades incluídas foi Nazca. É uma cidade muita muito antiga, onde na região existiram primeiramente duas civilizações, os "Paracas" e depois também "Povo de Nazca". Esta ultima civilização foi dominada pelos Quechuas, que são chamdos de Incas, por volta do século 14 ou 15. Portanto, em Nazca existem também ruinas dos Incas que posteriormente foram conquistados pelo conquistadores espanhois.
Na volta de Nazca e direção à Lima, fiz uma parada na cidade de Ica, onde existe um pequeno oasis em meio a grandes dunas, e falo também disto mais abaixo.
No local existem aquedutos subterrâneos construidos por antigas civilização, e também pirâmides de mais de 2000 mil anos atrás pelo "Povo de Nazca". As inúmeras pirâmides formam um sítio arqueológico descoberto a poucos anos, e os trabalhos de escavação ainda estão em estágio inicial. Existe também em Nazca, ruinas de centro administrativo dos Incas, esta mais recentes, reminescências de construções feitas anteriormente ao século 16.
Sugiro ir pela empresa Cruz del Sur, pois eles anotam passaportes ou documentos de todos os passageiros dando mais segurança, e além disto os ônibus são bastante confortáveis. Sugiro também que tente comprar um lugar na primeira fila do segundo andar, de frente para o vidro frontal para que possa ver melhor as paisagens. No nosso caso muitas pegavamos um bocado de sol, mas podiamos ver a paisagem.
Duarante a viagem depois que deixamos Lima, viamos paisagems planas, com montanhas ao longe, muitas áreas desertas com terra clara ou areia, e em certos trechos viamos o mar. Em meio às areas desertas, as vezes viamos plantações.
Na ida também paramos por uma estação rodoviária, que talvez fosse da cidade de Paracas ou outra cidade chamada Ica que fica no caminho.
Quando nos aproximamos de Nazca, a viagem se torna mais bonita, pois tivemos que subir e descer uma pequena serra. Em certos pontos, a estrada e paisagem poderia ter alguma ligeira semelhança com uma travessia dos Andes que fiz de ônibus, entre Santiago no Chile e Mendoza, na Argentina. A ligeira semelhança seria quanto às cores de montanhas e terreno, mas não com a grandiosiade dos cenários.
Nazca fica no meio do deserto, e os habitantes parecem não terminar muitas das casas e edifícios. É como se fosse um costume, ou se fosse bacana mostrar que a casa vai ser aumentada, porque eles deixam os ferros do pilares de concreto saindo pra cima da lage, em espera para um acréscimo superior. Geralmente, somente a fachada é pintada. As paredes laterais ficam em tijolo aparente.
A maioria das casas não tem telhado, apenas laje, pois em Nazca chove apenas uma hora por ano, então para que proteger demais contra a chuva?
Muitas casas são feitas de junco, algumas tem até a cobertura de junco. Bambú também parece ser bastante usado nas construções.
Mais que isto, eles querem vender também pacotes de passeios, como sobrevôos às linhas de Nazca e visitas à sítios arqueológicos e aquedutos. Logo que chegamos no hotel pousada, ele nos ofereceu os pacotes mostrando um catálogo. Haviamos recem chegado, e preferimos deixar isto para depois.
Preferimos caminhar pela cidade para conhece-la visualmente, visitar as inúmeras agências de turismo que ofereciam os mesmos pacotes para vôos e tours por preços melhores.
Ou seja, viajando pelo Peru, se estiver em Cusco, Puno ou Nazca, sempre prefira uma acomodação próxima à Plaza de Armas. No caso de Nazca, existe um outra rua de muito movimento e comércio, que é paralela á Av Bolognesi, a Calle Lima. Passamos lá de noite, e os Peruanos parecem gostar de fazer compras à noite. E um lugar agradável para se sentar em um banco e relaxar é Plaza de Armas !
Então, no Hotel Linhas de Nazca existe em um de seus pátios interiores. A função do planetário é demonstrar a relação entre as linhas e os astros segundo as teorias de Maria Reiche.
Nos fomos ao planetário nesta primeira noite em Nazca. Chegando no hotel, compramos nosso ingresso e nos ofereceram o lobby do hotel para esperar o início da sessão. No lobby do hotel havia no centro uma grande maquete com as linhas e desenhos no deserto. Depois de um tempo nos chamaram assim como algumas outras pessoas que esperavam no local e fomos para o interior do pequeno planetário onde um senhor e pesquisador peruano, ex-assistente de Maria Reiche conduziu as explicações.
Depois fomos para o pátio onde ele tinha um telescópio e nos mostrou fatos sobre os astros. Um fato interessante é que ele disse que o Cruzeiro do Sul está representado de forma errada na bandeira do Brasil, mas disse que certa vez, uma brasileira que esteve lá, disse que seria uma "licença poética".
Ele também disse que Maria Reiche passou seus ultimos anos naquele hotel, em um quarto que se mantem fechado, onde ela morou. Nos ultimos anos ela estava com problemas de vista e de pele em função da alta exposição ao calor e sol do deserto.
Eu perguntei ao pesquisador quem a financiava e ele disse que durante a maior parte do tempo foi sua irmã, Renate Reiche, uma médica que enviava da alemanhã dinheiro a ela. Depois de ter ficado conhecida nos meios acadêmicos e ganhado reputação internacional e já com idade avançada, ele recebeu um pensão do governo peruano, mas equivalente ao salário de uma professora. Ele disse também que, ao final de sua vida ela se naturalizou peruana e realmente amava aquele local.
Foi uma noite super interessante! Depois viemos caminhando para o hotel, mas antes passamos em uma lanchonete e comemos sanduíche de linguiça com batata frita acompanhado de "chicha morada" um suco de milho de cor preta, muito usado no Peru.
Então fomos procurar a agencia de viagem que haviamos escolhido para fazer vôo sobre os desenhos feitos no deserto, mas ainda estava ainda fechada. Andamos mais um pouco e achamos uma outra aberta que fez tudo mais barato. Saímos dali direto para o vôo pra ver as linhas de Nazca.
O aeroporto de Nazca é movimentando de turistas e repleto de companhias aéreas que fazem sobrevôo e partem a todo momento, geralmente aviões de no máximo 6 lugares, 2 assento na frente para o piloto e co-piloto e 4 assentos atras em duas fileiras para os passageiros. Assim era o avião no qual embarcamos.
Ana vomitou aos montes com as viradas e saculejos do avião! Realmente passou mal, mas continuava observando tudo, fotografando e filmando! Na verdade os pilotos levam muitos sacos plasticos de vômito, e quem foi a primeira a vomitar foi uma moça que estava com a mãe atras de nós. Depois de um tempo eu quase vomitei, mas acabou não saindo nada. Ao final, todos os passageiros vomitaram, menos eu apesar de ter ficado pálido. Para os pilotos isto parecia ser uma coisa normal, talvez eles até apostassem para ver quem vomitaria mais ! (risos).
O sobrevôo é bacana e podemos ver as principais linhas e desenhos feitos com predras do deserto.
Após aterrisarmos, o piloto disse que Ana deve ter batido o recorde mundial de vomito! (risos). Mas ele nem sabe que os vômitos não pararam por alí. Depois ela foi no banheiro do aeroporto vomitou mais duas vezes.
Então fica a dica! Se for voar, não tome um café da manhã muito reforçado! Escolha algo bem leve! E prefira voar nas primeiras horas do dia, pois é menos quente. O vôo é relativamente caro, pagamos $70 dolares por pessoa, mas vale a pena. Em épocas com mais turistas, os preços são mais altos. E depois do vôo os pilotos ainda te pedem gorgeta!
Para voltar do museu, pegamos um mototaxi de um senhor de idade, e o preço era muito barato e acessível. Descemos na Plaza de Armas novamente e fomos almoçar um mesmo prato frango que comemos no outro dia, na rua ao lado.
Na volta de Nazca e direção à Lima, fiz uma parada na cidade de Ica, onde existe um pequeno oasis em meio a grandes dunas, e falo também disto mais abaixo.
Mirante para ver Geoglifos de Nazca |
Linhas de Nazca e Astronautas Extraterrestres?
A primeira vez que fiquei sabendo de algo sobre Nazca, foi quando era adolescente e lí o livro "Eram os Deuses Astronautas" de Erick Van Daniken, um autor suiço. Nesta época, ficaram famosas as "Linhas de Nazca" ou grandes desenhos feitos em um deserto e algumas encostas de montanhas, que Van Daniken afirmava terem sido feitos por uma antiga civilização que somente seriam vistos por austronautas extra-terrestres do passado. Além dos desenhos, existem também traços e linhas geométricas que Van Daniken assemelhou, de acordo sua imaginação a campos de pouso de astronautas extra terrestres. Eric Van Daniken ficou miliónario e possui inclusive um parque temático e centro de documentação sobre suas teorias em Intelaken na Suiça. Eu estive em Interlaken e ví, de longe o parque temático. Não tive tempo de visitar o parque de Van Daniken. Mas ao visitar o Perú, fiz questão de ir a Nazca ver o local da linhas e desenhos de Nazca.Além das Linhas, Aquedutos Subterrâneos e Pirâmides de mais de 2000 anos
Enfim, Nazca ficou famosa pelos grandes desenhos e também pelas linhas geométricas no deserto, mas para a surpresa de quem visita aquela cidade, verá que existem muito mais coisas para ver do que as linhas.No local existem aquedutos subterrâneos construidos por antigas civilização, e também pirâmides de mais de 2000 mil anos atrás pelo "Povo de Nazca". As inúmeras pirâmides formam um sítio arqueológico descoberto a poucos anos, e os trabalhos de escavação ainda estão em estágio inicial. Existe também em Nazca, ruinas de centro administrativo dos Incas, esta mais recentes, reminescências de construções feitas anteriormente ao século 16.
Planejando minha viagem a Nazca | Ônibus, a melhar solução!
Antes de continuar esta narrativa, gostaria de dizer que, pelo menos até 2016 não existiam vôos comerciais de Lima para Nazca. Para ir de avião somente vôos fretados o que seria muito caro. E se você quer realmente conhecer Nazca, jamais pense em fazer um "bate-volta" ou passeio de ida e volta em um dia! É impraticável, quase uma idiotice, embora algumas pessoas façam isto, saindo de madrugada e voltando de madrugada através de vans ou carros fretados. Quando chegam lá vão apenas no aeroporto local para fazer um sobre vôo sobre as linhas e desenhos de Nazca. Certamente deve ser muito cansativo, nada mais que turismo "enlatadado". Nazca tem muito mais para se ver, e se você ler este post até o final, verá quantas surpresas e coisas para ver que existem naquela cidade. Então, a melhor opção é ir de ônibus pela empresa Cruz del Sur e ficar lá pelo menos umas duas noites para explorar as atrações culturais e arqueológicas, entender e desmistificar muito do que falam ou imaginam sobre as antigas civilizações que lá existiram.Sugiro ir pela empresa Cruz del Sur, pois eles anotam passaportes ou documentos de todos os passageiros dando mais segurança, e além disto os ônibus são bastante confortáveis. Sugiro também que tente comprar um lugar na primeira fila do segundo andar, de frente para o vidro frontal para que possa ver melhor as paisagens. No nosso caso muitas pegavamos um bocado de sol, mas podiamos ver a paisagem.
Viagem com alguns trechos cênicos e chegada a Nazca
Era 14 de outubro de 2016, acordamos as 5h da manhã em Lima onde haviamos passado nossas três primeiras noites no Perú para pegar o onibus para Nazca na estação da empresa Cruz del Sur, no bairro de Javier Prado, não muito longe de onde estavamos hospedados no bairro de Miraflores. Para tal pegamos um taxi. Após embarcar no ônibus, viemos pela Estrada Panamerica que corre ao longo ou próxima do litoral, em direção so sul do Perú. Escolhemos viajar de dia, pois seria interessante conhecer a geografia desta parte baixa do Peru. Lima fica rente ao mar no litoral e Nazca a uma altitude de 520 , diferente das partes altas ou do Altiplano, onde ficam Cusco e Puno entre 3600 e 4000 metros de altitude.Duarante a viagem depois que deixamos Lima, viamos paisagems planas, com montanhas ao longe, muitas áreas desertas com terra clara ou areia, e em certos trechos viamos o mar. Em meio às areas desertas, as vezes viamos plantações.
Na ida também paramos por uma estação rodoviária, que talvez fosse da cidade de Paracas ou outra cidade chamada Ica que fica no caminho.
Quando nos aproximamos de Nazca, a viagem se torna mais bonita, pois tivemos que subir e descer uma pequena serra. Em certos pontos, a estrada e paisagem poderia ter alguma ligeira semelhança com uma travessia dos Andes que fiz de ônibus, entre Santiago no Chile e Mendoza, na Argentina. A ligeira semelhança seria quanto às cores de montanhas e terreno, mas não com a grandiosiade dos cenários.
Casas prontas para um acréscimo e muito pouca chuva
Em algumas partes, viamos casas de povoamentos a beira da estrada que pareciam ter alguma semelhança com casas de "favelas" brasileiras, tipicas do Rio de Janeiro, porém construídas no plano. Mas depois viemos a entender que não se trata de "favela", e sim que as casas por lá são assim mesmo. As casas são bem baixas, não somente porque os habitantes locais são baixos, mas também porque aquela área, como muitas partes do Perú são sujeitas a terremotos.Nazca fica no meio do deserto, e os habitantes parecem não terminar muitas das casas e edifícios. É como se fosse um costume, ou se fosse bacana mostrar que a casa vai ser aumentada, porque eles deixam os ferros do pilares de concreto saindo pra cima da lage, em espera para um acréscimo superior. Geralmente, somente a fachada é pintada. As paredes laterais ficam em tijolo aparente.
A maioria das casas não tem telhado, apenas laje, pois em Nazca chove apenas uma hora por ano, então para que proteger demais contra a chuva?
Muitas casas são feitas de junco, algumas tem até a cobertura de junco. Bambú também parece ser bastante usado nas construções.
Do Terminal Rodoviário até o Hotel ou Pousada
Chegamos em um rústico e mal planejado terminal rodoviário e lá esperamos o proprietário do hotel pousado que haviamos reservado. Na reserva, estava incluído o transporte do terminal para o hotel. Na verdade, eu pude perceber que, existe muita concorrência e os proprietários de pousadas tem receio de perder seus clientes para outros que os abordem na rodoviária oferecendo preços melhores.Mais que isto, eles querem vender também pacotes de passeios, como sobrevôos às linhas de Nazca e visitas à sítios arqueológicos e aquedutos. Logo que chegamos no hotel pousada, ele nos ofereceu os pacotes mostrando um catálogo. Haviamos recem chegado, e preferimos deixar isto para depois.
Preferimos caminhar pela cidade para conhece-la visualmente, visitar as inúmeras agências de turismo que ofereciam os mesmos pacotes para vôos e tours por preços melhores.
Almoçando em uma Polleria
Após caminhar um pouco pela Av Bolognesi, uma das principais ruas de Nazca e passar pela Plaza de Armas, decidimos almoçar, enveredando por uma rua paralela à Av Bolognesi e encontramos um restaurante simples. Comemos frango com salada e batata frita por 15 soles e tomamos uma Coca Cola litro por 5 soles. Era acompanhado também de um molho verde que não me lembro o nome. Em prática, cinco Soles era aproximadamente 5 Reais. No Peru comida não é cara, principalmente em Lima, Nazca e Puno. Frango é o que mais se come no Peru, e lá é chamdo de "pollo" e os resturantes especializados em frango tem o nome de "polleria". Depois continuamos a passear pelo centro e nos informamos sobre passeios que pretendiamos fazer e sobre o vôo sobre os desenhos e linhas de Nazca.Principais rua e praças e onde ficar
Eu havia reservado um hotel, melhor dizer pousada na Av. Bolognesi, entre a Plaza de Armas e uma outra pequena praça de forma triangular (Praça Bolognesi) onde fica o melhor hotel da cidade, o Nazca Lines Hotel, onde existe também o Planetárium Maria Reiche. A melhor e mais movimentada parte de Nazca para hospedar se resume, em minha opinião à este trecho entre Plaza de Armas e Planetarium.Ou seja, viajando pelo Peru, se estiver em Cusco, Puno ou Nazca, sempre prefira uma acomodação próxima à Plaza de Armas. No caso de Nazca, existe um outra rua de muito movimento e comércio, que é paralela á Av Bolognesi, a Calle Lima. Passamos lá de noite, e os Peruanos parecem gostar de fazer compras à noite. E um lugar agradável para se sentar em um banco e relaxar é Plaza de Armas !
Planetarium Maria Reiche
Se existe um nome que você vai ouvir muito, é Maria Reiche. Se trata de uma astrônoma alemã que adotou a hipótese de que as linhas de Nazca seriam o maior calendário astronômico do mundo. Ela passou praticamente a maior parte de sua vida produtiva em Nazca, estudando e documentando os desenhos e linhas feitas no deserto.Então, no Hotel Linhas de Nazca existe em um de seus pátios interiores. A função do planetário é demonstrar a relação entre as linhas e os astros segundo as teorias de Maria Reiche.
Nos fomos ao planetário nesta primeira noite em Nazca. Chegando no hotel, compramos nosso ingresso e nos ofereceram o lobby do hotel para esperar o início da sessão. No lobby do hotel havia no centro uma grande maquete com as linhas e desenhos no deserto. Depois de um tempo nos chamaram assim como algumas outras pessoas que esperavam no local e fomos para o interior do pequeno planetário onde um senhor e pesquisador peruano, ex-assistente de Maria Reiche conduziu as explicações.
Depois fomos para o pátio onde ele tinha um telescópio e nos mostrou fatos sobre os astros. Um fato interessante é que ele disse que o Cruzeiro do Sul está representado de forma errada na bandeira do Brasil, mas disse que certa vez, uma brasileira que esteve lá, disse que seria uma "licença poética".
Ele também disse que Maria Reiche passou seus ultimos anos naquele hotel, em um quarto que se mantem fechado, onde ela morou. Nos ultimos anos ela estava com problemas de vista e de pele em função da alta exposição ao calor e sol do deserto.
Eu perguntei ao pesquisador quem a financiava e ele disse que durante a maior parte do tempo foi sua irmã, Renate Reiche, uma médica que enviava da alemanhã dinheiro a ela. Depois de ter ficado conhecida nos meios acadêmicos e ganhado reputação internacional e já com idade avançada, ele recebeu um pensão do governo peruano, mas equivalente ao salário de uma professora. Ele disse também que, ao final de sua vida ela se naturalizou peruana e realmente amava aquele local.
Foi uma noite super interessante! Depois viemos caminhando para o hotel, mas antes passamos em uma lanchonete e comemos sanduíche de linguiça com batata frita acompanhado de "chicha morada" um suco de milho de cor preta, muito usado no Peru.
Sobrevoando as Linhas de Nazca
Em nosso segundo dia em Nazca, 15 de Outubro 2016, acordamos cedo, tamamos café da manhã no terraço do hostal onde hospedávamos (pousada em espanhol, não confundir com hostel). Tomamos café com suco, ovo frito, pães e não me lembro o que mais!Então fomos procurar a agencia de viagem que haviamos escolhido para fazer vôo sobre os desenhos feitos no deserto, mas ainda estava ainda fechada. Andamos mais um pouco e achamos uma outra aberta que fez tudo mais barato. Saímos dali direto para o vôo pra ver as linhas de Nazca.
O aeroporto de Nazca é movimentando de turistas e repleto de companhias aéreas que fazem sobrevôo e partem a todo momento, geralmente aviões de no máximo 6 lugares, 2 assento na frente para o piloto e co-piloto e 4 assentos atras em duas fileiras para os passageiros. Assim era o avião no qual embarcamos.
Ana vomitou aos montes com as viradas e saculejos do avião! Realmente passou mal, mas continuava observando tudo, fotografando e filmando! Na verdade os pilotos levam muitos sacos plasticos de vômito, e quem foi a primeira a vomitar foi uma moça que estava com a mãe atras de nós. Depois de um tempo eu quase vomitei, mas acabou não saindo nada. Ao final, todos os passageiros vomitaram, menos eu apesar de ter ficado pálido. Para os pilotos isto parecia ser uma coisa normal, talvez eles até apostassem para ver quem vomitaria mais ! (risos).
O sobrevôo é bacana e podemos ver as principais linhas e desenhos feitos com predras do deserto.
Após aterrisarmos, o piloto disse que Ana deve ter batido o recorde mundial de vomito! (risos). Mas ele nem sabe que os vômitos não pararam por alí. Depois ela foi no banheiro do aeroporto vomitou mais duas vezes.
Então fica a dica! Se for voar, não tome um café da manhã muito reforçado! Escolha algo bem leve! E prefira voar nas primeiras horas do dia, pois é menos quente. O vôo é relativamente caro, pagamos $70 dolares por pessoa, mas vale a pena. Em épocas com mais turistas, os preços são mais altos. E depois do vôo os pilotos ainda te pedem gorgeta!
Museu Didactico Arqueológico Antonini
Depois de um tempo no aeroporto nos recompondo, voltamos para o centro de Nazca pegando novamente uma van inclusa no pacote. Lá chegando, decidimos ir caminhando visitar o Museu Didactico Antonini. O acervo do museu versa sobre as linhas de Nazca, o Povo Paracas e o Povo de Nazca, as duas mais antigas civilização que existiram no local. O museu está também instalado em um sítio arqueológico, onde vemos ventosas de aquedutos subterrâneos e também partes abertas dos aquedutos em pedra. No local também existem tumbam originais destas antigas civilizações.Mototaxi
Em cidades como Nazca, Puno, Ica e Ollantaytambo vimos um interessante meio de transporte peruano. Se trato do mototaxi, uma mistura de motocicleta com cabina de passageiros. Na verdade o veículo tem no total 3 rodas após sua construção.Para voltar do museu, pegamos um mototaxi de um senhor de idade, e o preço era muito barato e acessível. Descemos na Plaza de Armas novamente e fomos almoçar um mesmo prato frango que comemos no outro dia, na rua ao lado.
Passeio com Guia | Tour
Como disse antes, de manhã bem cedo sobrevôamos as linhas de Nazca e mais tarde fomos ao Museu Didactico Antonini. Depois de almoçar, saimos apressados para a mesma agência de turismo, para fazer um passeio ou tour que tinhamos agendado. Devo dizer que, em Nazca é interessante procurar guia ou tour, pois algumas distâncias são bem grandes, e se for fazer por conta próprio, andando de transporte público terá que ficar muitos dias lá.
Na verdade, os membros da tour eram apenas eu, minha esposa e o guia, um senhor peruano que também dirigia seu próprio carro, por sinal um carro novo e muito bom. Este guia conhecia bastante a história do local e nos contou muitos detalhes sobre a história e construção dos locais visitados.
Quanto aos aquedutos subterrâneos, podem ser visitadas as ventosas e partes abertas. Estes aquedutos foram construidos pelo civilização Nazca entre os anos 100DC e 600DC. Apesar de nunca chover em Nazca, a água é captada das montanhas e descem de forma subterrânea dentro de aquedutos de pedra. Até hoje estes aquedutos são utilizados por boa parte da população de Nazca e agricultores. A forma trapezoildas dos aquedutos também foi feita com intuito de resistir a terremotos.
- Aquedutos de Cantaloc
- Parque dos Paredões
- Mirador Metálico de Palpa
- Mirador Metálico de Nazca
- Mirador Natural
- Museu Maria Reich
- Vivenda do Tellar | Artesanato
Quanto aos aquedutos subterrâneos, podem ser visitadas as ventosas e partes abertas. Estes aquedutos foram construidos pelo civilização Nazca entre os anos 100DC e 600DC. Apesar de nunca chover em Nazca, a água é captada das montanhas e descem de forma subterrânea dentro de aquedutos de pedra. Até hoje estes aquedutos são utilizados por boa parte da população de Nazca e agricultores. A forma trapezoildas dos aquedutos também foi feita com intuito de resistir a terremotos.
Depois seguimos para o Mirante Palpa. É uma torre bastante alta, em estrutura metálica, que aterroriza quem tem medo de altura. E por sinal lá venta muito mesmo. Ana ficou com receio e não subiu, mas um subí e tirei algumas fotos la de cima. A função deste mirante é ver de cima os Geoglífos (Linhas de Nazca) ou desenhos de animais e também a linhas geométricas feitas com pedras do deserto. Ou seja, os desenho eram feitos juntando pedras, pois pedra é o que não falta naquele deserto. Para se ter uma ideia, estes desenhos são enormes. O macado deve ter uns 90 metros, mas existem outros maiores e menores.
Depois visitamos o Mirante ou Mirador Metálico de Nazca. No mirante de Palpa, existe apenas uma casinha rústica ao lado. Neste outro mirante, mais movimentado, existe vendas de artesanato em baixo e algumas instalações. Lá compramos souvenirs em forma de chaveiro e pedras com desenhos de geoglifos. Havia fila no local e muitas pessoas subindo e descendo, e também muito vento. Este mirante fica ao lado da estrada Pan Americana, que por sinal cortou ao meio o enorme desenho da "Iguana".
Visto este outro mirantes, subimos no carro com nosso guia, fomos para o local onde Maria Reich morava e tinha seu rústico e simples escritório. Hoje em dia este local é um memorial e Museu Maria Reich. Lá vimos muitas ferramentas que ela usava para fazer medições dos geoglífos, mapas, anotações e também o quarto e escritório dele. Tudo muito simples, parece que o piso era de terra batida.
Depois fomos ver um outro mirante também no deserto, chamado Mirador Natural. Na verdade é um sobe-se uma montanha de pedras para onde convergem muitas das Linhas de Nasca. Podemos ver as Linhas de perto antes de subir a montanha, e outras linhas a partir das partes mais altas.
Já no final da tarde, passamos pela Vivenda do Tellar, um local de construção bastante simples, onde os artesões locais produzem, expõem e vendem seus artesanatos. Podemos ver antigos teares e outros instrumentos para produzir tecidos. Eles produzem os fios, as tintas e os tecidos e mantas. Lá são vendidos tapetes, colares, pulseiras com pedras semi-preciosas e mantas para decoração para serem colocadas em paredes, como quadros. O artesão nos explicou sobre os tipos de desenhos feitos com fios coloridos, alguns tem a ver com a arte Paracas e outros com arte dos Inkas, etc.
Finalmente o guia nos trouxe novamente de volta á Av. Bolognesi onde fica a agência que ofereceu nosso passeio e também onde fica o hotel em que hospedamos. Na mesma rua troquei alguns dolares por Soles peruanos e depois caminhamos até Plaza de Armas para ver por dentro a Igreja Matriz. Para nossa surpresa, vimos que na praça estava acontecendo um show de crentes, divulgando sua religião com música.
Depois fomos jantas, sendo que Ana tomou sopa de frango, algo mais leve para não forçar o estomago, já que havia vomitado de manhã. Eu comí algo chamdo "salsipata" e tomamos "chicha murata". Finalmente fomos para o hotel.
Mais uma manhã em Nazca e visita ás Piramides Cahuachi
Nesta manhã de 16 de Outubro de 2016, dormimos um pouco mais pois estávamos um pouco cansados do dia anterior. Primeiro nos informamos sobre passagens de ónibus, pois pretendiamos viajar de tarde para dar continuidade ao nosso próprio roteiro de viagem.
Voltamos à agência de viagens e contratamos um passeio ou tour para visitar as Piramides Cahuachi (lê o H como W). Novamente eramos apenas nós dois, praticamente uma tour privada. Fomos com o mesmo guia do dia anterior (Sr Manoel), que é também motorista. Ele passou boa parte parte da viagem brigando com a namorada no telefone, e dirigia bem afoito no meio daquele deserto enorme cheio de pedras no chão até chegar às piramides, mas explicava as coisas muito bem.
Lá chegando, ele nos apresentou ao Sr. Pablo, um peruano, muito amigável, bem baixo e com bastante idade que trabalhava lá e iria nos guiar pelo sítio arqueológio. Enquanto isto o motorista e guia, Sr. Manoel ficou na casa de recepção na entrada do sítio arqueológico descansando na sombra.
Enquanto isto, seguimos o Sr Pablo, que nós explicou existem 36 piramides descobertas e catalogadas naquela área e mais algumas que foram descobertas agora, do outro lado do rio, que segue em um vale com vegetação ao longo do mesmo. Enquanto caminhavamos, ele disse que podia sentir a "energia" do local.
Nas pirâmides, à cerca de 2.000 anos, viviam os sacerdotes da civilização Nazca em seu apogeu, enquanto que as pessoas comuns, que trabalhavam nas pirâmides e agricultura, viviam em casas pequenas, nas áreas ao redor. Acredita-se que Cahuachi era um centro de perigrinação da civilização Nazca.
Ele nos mostrou também os tijolos de adobe e nos explicou sobre a construção das paredes, pensadas de forma a serem estáveis diantes do tremores sismicos ou terremotos.
Andamos por praticamente todo o sítio arqueológico. Nesta visita de Outubro de 2016, existia uma grande pirâmide descoberta, e em parte reconstituida segundo o método de construção original. São construidas com tijolos de adobe de forma meio circular. Este senhor nos mostrou locais interessantes, e também uns dois orifícios no chão que eram aberturas para silos subterrâneos.
Explicou que, as escavações arqueológicas que eram conduzidas por um arqueológo italiano estão paralizadas por falta de verbas, tanto do Peru como das que vinham da Itália em função de uma crise na Europa. Ele explicou também que ele trabalhava com o arqueólogo e continua trabalhando alí como guia e vigia. Disse que na época de escavações, costumam vir estudantes de arqueologia de todo o mundo, e muitos ficam hospedados na casa do sítio arqueológico.
Interessante, que quando fui no toilet do sítio arqueológico, perto da entrada, pisei em algo que cutucou meu pé, mas não chegou a machucar. Olhas a sola do tennis e havia um enorme espinho em forma de prego que o perfurou! risos.
Penso que todos os locais que visitamos em Nazca são importantes para ter uma idéia completa da cultura local e das 3 civilizações que por lá passaram. Ir a Nazca para ver somente os Geoglifos fazendo um sobrevôo apenas é um desperdício. É preciso ver tudo para fechar o ciclo.
Então, a solução que encontramos foi pegar um ônibus comum. Não era um daqueles ônibus da Cruz del Sur onde se viaja com muitos turistas e viajantes, onde existe um bom controle de segurança com anotação de passaporte, etc.
Mas enfim, pegamos o ônibus intercidade em uma espécie de rodoviária, em local diferente da qual chegamos em Nazca. Era em um ponto mais central. Saimos a pé do hotel, e fomos caminhando, descendo a Av. Bolognesi, passando pela praça "triangular" e hotel Linhas de Nazca onde fica o Planetarium. Enfim mais abaixo, chegando ao local, compramos o bilhete na hora. Nesta rodoviária encontra-se ônibus saindo para Ica a todo momento.
Os passageiros eram todos peruanos comuns, e somente eu e minha esposa eramos "gringos" ou estrangeiros. Havia muitas pessoas simples viajando, como trabalhadores e lavradores. Volta e meia, entrava alguém no ônibus vendendo picolés, chicharron e outras tipos de bebidas e comidas locais.
Fazia um bocado de calor aquele dia, e o sol batia forte. Fechamos a cortinas do lado de nossa janela para barrar o sol mas deixamos uma fresta para "espiar" a paisagem. Era um ônibus do tipo "parador", que parava sempre que alguém acenasse.
Enfim, no final da tarde, chegamos à cidade de Ica onde ficamos até por volta de 22 horas ou mais, para depois seguir viagem para Lima.
Veja também meu post sobre nossa rápida aventura e "pit stop" em Ica e depois sobre nossa viagem a Lima, pois estivemos lá por três vezes.
Voltamos à agência de viagens e contratamos um passeio ou tour para visitar as Piramides Cahuachi (lê o H como W). Novamente eramos apenas nós dois, praticamente uma tour privada. Fomos com o mesmo guia do dia anterior (Sr Manoel), que é também motorista. Ele passou boa parte parte da viagem brigando com a namorada no telefone, e dirigia bem afoito no meio daquele deserto enorme cheio de pedras no chão até chegar às piramides, mas explicava as coisas muito bem.
Lá chegando, ele nos apresentou ao Sr. Pablo, um peruano, muito amigável, bem baixo e com bastante idade que trabalhava lá e iria nos guiar pelo sítio arqueológio. Enquanto isto o motorista e guia, Sr. Manoel ficou na casa de recepção na entrada do sítio arqueológico descansando na sombra.
Enquanto isto, seguimos o Sr Pablo, que nós explicou existem 36 piramides descobertas e catalogadas naquela área e mais algumas que foram descobertas agora, do outro lado do rio, que segue em um vale com vegetação ao longo do mesmo. Enquanto caminhavamos, ele disse que podia sentir a "energia" do local.
Nas pirâmides, à cerca de 2.000 anos, viviam os sacerdotes da civilização Nazca em seu apogeu, enquanto que as pessoas comuns, que trabalhavam nas pirâmides e agricultura, viviam em casas pequenas, nas áreas ao redor. Acredita-se que Cahuachi era um centro de perigrinação da civilização Nazca.
Ele nos mostrou também os tijolos de adobe e nos explicou sobre a construção das paredes, pensadas de forma a serem estáveis diantes do tremores sismicos ou terremotos.
Andamos por praticamente todo o sítio arqueológico. Nesta visita de Outubro de 2016, existia uma grande pirâmide descoberta, e em parte reconstituida segundo o método de construção original. São construidas com tijolos de adobe de forma meio circular. Este senhor nos mostrou locais interessantes, e também uns dois orifícios no chão que eram aberturas para silos subterrâneos.
Explicou que, as escavações arqueológicas que eram conduzidas por um arqueológo italiano estão paralizadas por falta de verbas, tanto do Peru como das que vinham da Itália em função de uma crise na Europa. Ele explicou também que ele trabalhava com o arqueólogo e continua trabalhando alí como guia e vigia. Disse que na época de escavações, costumam vir estudantes de arqueologia de todo o mundo, e muitos ficam hospedados na casa do sítio arqueológico.
Interessante, que quando fui no toilet do sítio arqueológico, perto da entrada, pisei em algo que cutucou meu pé, mas não chegou a machucar. Olhas a sola do tennis e havia um enorme espinho em forma de prego que o perfurou! risos.
O mitos dos geoglifos associados à visita de astronautas extraterrestres
Com relação à este senhor, eu perguntei a ele se acreditava que as Linhas e Desenhos de Nazca, os geoglifos teriam sido feitos por orientação ou para serem vistos por extra terrestres que viriam do espaço. Ele disse que não, e para mim foi bacana escutar isto, eu também penso que não tem nada a ver com "astronautas alienígenas". Ele disse que, se subir algumas montanhas depois de algumas caminhadas de onde estavamos, veriamos alguns desenhos de cima. Eu como engenheiro e também com muito conhecimento de arquitetura, tenho a teoria que os desenhos envolvem talvez grandes áreas recreativas e locais para celebrações. Subindo as montanhas, muitos dos antigos habitantes locais veriam os desenhos dos artistas e planejadores.Penso que todos os locais que visitamos em Nazca são importantes para ter uma idéia completa da cultura local e das 3 civilizações que por lá passaram. Ir a Nazca para ver somente os Geoglifos fazendo um sobrevôo apenas é um desperdício. É preciso ver tudo para fechar o ciclo.
Saindo de Nazca, passando por Ica e voltando a Lima
Antes de voltar a Lima, capital do Perú, pretendiamos passar por Ica, uma cidade que possui dunas de areia e um oasis, ou seja, uma lagoa rodeada pelas dunas.Então, a solução que encontramos foi pegar um ônibus comum. Não era um daqueles ônibus da Cruz del Sur onde se viaja com muitos turistas e viajantes, onde existe um bom controle de segurança com anotação de passaporte, etc.
Mas enfim, pegamos o ônibus intercidade em uma espécie de rodoviária, em local diferente da qual chegamos em Nazca. Era em um ponto mais central. Saimos a pé do hotel, e fomos caminhando, descendo a Av. Bolognesi, passando pela praça "triangular" e hotel Linhas de Nazca onde fica o Planetarium. Enfim mais abaixo, chegando ao local, compramos o bilhete na hora. Nesta rodoviária encontra-se ônibus saindo para Ica a todo momento.
Os passageiros eram todos peruanos comuns, e somente eu e minha esposa eramos "gringos" ou estrangeiros. Havia muitas pessoas simples viajando, como trabalhadores e lavradores. Volta e meia, entrava alguém no ônibus vendendo picolés, chicharron e outras tipos de bebidas e comidas locais.
Fazia um bocado de calor aquele dia, e o sol batia forte. Fechamos a cortinas do lado de nossa janela para barrar o sol mas deixamos uma fresta para "espiar" a paisagem. Era um ônibus do tipo "parador", que parava sempre que alguém acenasse.
Enfim, no final da tarde, chegamos à cidade de Ica onde ficamos até por volta de 22 horas ou mais, para depois seguir viagem para Lima.
Veja também meu post sobre nossa rápida aventura e "pit stop" em Ica e depois sobre nossa viagem a Lima, pois estivemos lá por três vezes.
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